Como se não bastassem todas as pressões sociais para preenchermos padrões, agora resolveram cobrar até da nossa vulva!
O Brasil já é considerado um recordista mundial de cirurgias íntimas, com mais de 26 mil procedimentos registrados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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Em primeiro lugar, é preciso avaliar de onde vem o desejo de realizar esta cirurgia. O aspecto da sua vulva realmente te incomoda ou passou a te incomodar quando a mídia começou a falar disso? Sim, há mulheres muito incomodadas que irão inegavelmente se beneficiar de um procedimento, não é este o caso que questiono.
Mas, como a maioria das cirurgias são para "embelezamento" e "rejuvenescimento", precisamos ressaltar que não existe um padrão de beleza íntima. Cada mulher tem suas próprias características, que a tornam única!
Além disso, toda cirurgia envolve riscos e, nesses casos, não é diferente. É preciso considerar que o resultado pode não ficar exatamente como esperado e pode haver até diminuição da sensibilidade do local (o que não queremos, não é mesmo?).
Em segundo lugar, precisamos ressaltar que a função sexual feminina depende de uma série de fatores, atuando além da autoimagem. Estresse, envolvimento emocional, status hormonal e até conceitos culturais adquiridos (tabus e preconceitos...) são fatores que influenciam a resposta sexual. Portanto, não existe uma receita de bolo para melhorar a libido de uma mulher e, na maioria dos casos, não há solução simples e instantânea.
Uma boa autoestima pode realmente melhorar a função sexual. Mas, para isso, o primeiro passo é se conhecer, conhecer o seu corpo, seus gostos, o que te dá prazer. Descobrir o que te faz bem e te deixa feliz. Se olhe com amor e benevolência e não com excesso de cobrança.
Antes de se submeter a um procedimento, converse com a sua ginecologista ou com uma terapeuta.
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