A falta de sono e a falta de sexo compartilham algumas causas comuns, como o estresse. É que o hormônio relacionado ao estresse, o cortisol, é um dos grandes responsáveis pela diminuição da testosterona, que desempenha papel importante no desejo sexual de mulheres e homens.
O estresse libera o cortisol, afetando a qualidade do sono e interferindo no desejo sexual. Por outro, há evidências de que o orgasmo ajuda a baixar os níveis desse hormônio (cortisol) e ainda libera ocitocina, o chamado “hormônio do amor”, que proporciona não apenas sentimentos de conexão com o parceiro, mas também um melhor sono. Após um orgasmo, o organismo libera, também, a endocanabinóides, hormônio responsável pela sensação de relaxamento e sonolência. Nas mulheres, há ainda a liberação do estrogênio, que ajuda a promover o sono REM (fase em que o sono é mais reparador)
E, como o sexo, muitas vezes, exige energia e vigor, dificilmente se pensa em (ou se deseja) sexo quando se está cansado. Isso afeta principalmente as mulheres, uma vez que o desejo feminino é mais complexo que o do homem.
O estudo The Impact of Sleep on Female Sexual Response and Behavior: A Pilot Study, publicado no The Journal of Sexual Medicine em 2015, demonstrou que a própria duração do sono se relaciona com o desejo sexual. Mais: nas participantes deste estudo, uma hora de sono extra aumentava em 14% as probabilidades de uma relação sexual no dia seguinte.
Você deve estar se perguntando, “o que vem primeiro o ovo ou a galinha?”... É mais ou menos isso, mesmo. Uma boa noite de sono pode levar a um maior interesse pelo sexo, e o sexo orgásmico pode resultar em uma melhor noite de sono. Qualquer problema tanto da parte sexual, quanto da parte do sono, precisa de atenção e ajuda médica especializada!
Dra Nathalie Raibolt Ginecologista, especialista em Patologia Cervical e Vulvar CRM 5288532-0
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