O comportamento sexual é resultado da interação entre vários fatores: biológicos, psicológicos, sociais e relacionais.
E tentar caracterizar o sexo sob apenas um desses fatores é reduzi-lo a uma simplicidade indevida. Todos os animais carregam um instinto de manutenção da espécie que os levam ao comportamento reprodutivo. Mas, diferente de outros animais, temos capacidade de compreensão e, portanto, podemos decidir como queremos nos comportar. Mas para isso, precisamos de informação e isso inclui o aprendizado. Inclusive no que diz respeito ao sexo. Desde que nascemos, vamos acumulando informações e registrando em nosso cérebro o que é prazeirozo e o que não é, a partir das nossas experiências individuais.
Por outro lado, ainda somos a única espécie que tem práticas sexuais mesmo fora do período reprodutivo. E a mulher tem um órgão no corpo que funciona exclusivamente para traduzir sensações de prazer: o clitóris. Portanto, o corpo traz evidências de que o sexo tem função que extrapola muito a função reprodutiva.
Carregamos, sim, o instinto de reprodução como informação genética, mas não podemos restringir o comportamento sexual humano a esta função.
Se você é capaz de aprender algo, também poderá reaprender de outra forma, mesmo que leve algum tempo. Lembre-se que você é um ser racional, por isso, você pode e DEVE, usar o pensamento para fazer suas escolhas e para ter uma vida mais prazeirosa e funcional.
Dra Nathalie Raibolt
Ginecologista, especialista em Patologia Cervical e Vulvar
CRM 5288532-0
www.facebook.com/drnathalieraibolt
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